São três coisas nessa vida que me irritam muito... Cigarro, pessoas jogando lixo no chão e a mentira, ou omissões se preferir....
A primeira me incomoda por problemas de saúde, enfrentados na infância onde eu convivia com fumantes na mesma casa. Sem contar que, respeitando os fumantes longe de mim, tenho todo o direito de desejar pessoas cheirosas e com um delicioso hálito perto de mim, sem soltar fumacinhas que despertam minha rinite alérgica e bronquite.
A segunda é de arrancar um pqp de indignação.... não sou perfeita... mas nas atuais conjunturas, tento na medida do possível ser o mais ecologicamente correta o possível...
Até que nessas duas primeiras, os efeitos são esquecidos logo e a facilidade para ignorar tais fatos ameniza tudo no final das contas....
Agora a tal da mentira... Nossa... essa sim faz um estrago danado em mim... Como já sofri... e ultimamente esse fantasma como em uma época oriental, tem me rodeado....
O fantasma da mentira ou a própria mentira escancarada com seu sorriso cínico já rodeou vocês? Ela é cruel, não é mesmo?
Mas afinal o que é na verdade a mentira?
Segundo o Aurélio, um cara que diz saber o significado de todas as palavras, mentira é um substantivo feminino que indica impostura, fraude, peta, potoca, lorota, engano dos sentidos ou do espírito, erro, ilusão....
Não agüento ainda quando ouço a seguinte frase: “Eu não menti, eu omiti...”
Mas quem mente e por que mente? O que se passa em uma mente que mente?
E quando a mentira vem acompanhada por contradições, por silêncios conscientes que trazem como conseqüência transtornos, mal entendidos e maledicências?
Existem vários tipos de mentiras e mentirosos... Existem aqueles mentirosos que temos que admitir serem tão bons que nem desconfiamos que estão mentindo. Tem também aqueles que esquecem, vacilam e se contradizem... aqueles que gaguejam... e tantos outros... sem contar aqueles que quando questionados preferem se calar diante da gravidade da situação.
Não sou hipócrita a ponto de dizer que não minto, aliás todos mentimos cotidianamente. Mas não estou aqui para refletir desabafar sobre a mentira rotineira, aquela ingênua que não faz mal a ninguém... estou aqui para falar da mentira que transpõe as barreiras da fidelidade, do carinho e cuidado em qualquer relação...
Estou dizendo dessas mentiras de escala máxima, que deixam rastros, que causam mal inclusive a quem mente, seja por medo ou fraqueza...
Seria a mentira uma forma apaziguadora do desejo próprio em contradição ao do outro? Seria ela, conseqüência do medo de não magoar quem se gosta, mas que tem como conseqüência maior do que a dor da verdade, a dor destruidora do frágil alicerce denominado confiança?
A maior conseqüência da mentira é a quebra da confiança... e para essa.. não existe remédio, atadura ou cola...
A força da mentira provoca o caos na vida dos alvos dos mentirosos... A mentira é capaz, em fração de segundos de construir um mito, destruir histórias...
O que devemos fazer com as mentiras que descartamos serem omissões?... Ignorarmos e desejarmos que como em um passe de mágica tudo se torne verdade e adeus mentira?
A verdade é requisito básico para manter a união. Me mate, me torture, faça sangra esse coração com a verdade... mas não me engane... pois esse engano, essa mentira, com certeza virá acompanhada de um ponto final...
Ninguém pode enganar a todos e por tanto tempo... Se você gosta de alguém de verdade, não tente diminuir a culpa oculta que lateja em sua consciência mentindo para alguém que o respeita, cofia em você e lhe é fiel...
Eis aqui uma dica tão preciosa quanto a confiança, a sinceridade, o carinho e o cuidado com aqueles que amamos, admiramos...
Ps: O sentimento amanhã pode até ser outro... mas hoje é isso que está latejando aqui dentro...
domingo, 22 de setembro de 2024
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