Tic's e Tac's

Meia-noite... como diz um certo conto de fadas, é hora de virar abóbora...
sem sono, com pensamentos carregados de saudade... o tic tac do relógio rompe com o silêncio do quarto... Tic’s e tac’s esses, que trazem a ansiedade de quantos tic’s e tac’s ainda serão necessários para sentir-me segura e reafirmar o quão viva estou.
Esse coração até uma semana atrás desacelerado, esquecido, hoje aceleradamente me tira o sono, me tira o fôlego... Me transporta para um universo a ser descoberto, mas do qual já me sinto encantada com a pontinha intensa do que me foi apresentado... e melhor que isso, do que comigo foi compartilhado...
Que bom que a vida nos surpreende e melhor ainda saber que existem distâncias necessárias para fazer valer a pena o tempo distante... o reencontro... a descoberta madura em uma redescoberta.
Bom demais olhar para o espelho e ver que esse par de olhos, às vezes tão perdido na correria da vida acadêmica e profissional, hoje encontra o seu momento para brilhar... para refletir a satisfação de mergulhar sem medo, em um tom que não é o da minha cor preferida, mas é um tom digno de ser a base desse novo capítulo...
E nesse tic tac em descompasso com a sístole e diástole dos desejos que ritmam o meu Eu... Eu vou contando os dias desse doce novembro na ânsia de ao cair à noite ser um Eu completo...